segunda-feira, 30 de junho de 2008

Morte anunciada


Nesta esquina angulosa

avança uma mão de ternura

rumo à luz negra do teu olhar

que me torna nua.



Mão transformada em concha

no orvalho da manhã

e no frio das espadas fechadas.



Atiro às paredes

palavras secretas, inconvenientes...

Lançadas ao mar

como um punhal

que te quer ferir,

Matar...

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