segunda-feira, 5 de abril de 2010

Silêncio




Silêncio
nos círculos do chão-charco,
onde petrifico.

Tronco apodrecido
sem alma de gente dentro.
Tronco mortiço
de árvore germinal.
Tronco náufrago
do barco que fui.

Nas mãos torço o silêncio
e escorre por mim abaixo
esta brisa fria e calada.

Sou silêncio, sem salvação.

2 comentários:

cão sem raiva disse...

Ouçamos, então, o silêncio...
:)

Jorge Manuel Brasil Mesquita disse...

SOU UM TRONCO SECO A CAMINHO DAS CINZAS DO TEMPO, QUAL NÁUFRAGO DE UMA ESTÓRIA INADVERTIDA E, AO MESMO TEMPO, DIVERTIDA. sERÁ O TRONCO QUE SE RETORCE OU SERÁ O TEMPO QUE SE MOVE SEM QUE A SECURA DÊ POR ISSO ?

nINGUÉM(jORGE mANUEL bRASIL mESQUITA) - 17h05 - bIBLIOTECA nACIONAL - 16/04/2010

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