
Em ti havia um pássaro,
bandido dos beirais,
roubava o sol da minha janela
antes de ele me iluminar.
Todas as Primaveras aparecia
acordando-me com o seu canto,
lembrando que o futuro em nós
podia ser já agora, aqui, sem mais nada...
Ontem e hoje não me embalou
com o seu encanto de cristal,
a janela do meu coração ficou
vazia e sozinha na manhã clara,
talvez tenha voado contigo para longe
abrindo a gaiola das minhas mãos.
Hoje morreste-me nesta aurora
e no meu olhar em água corre lenta
a tua canção, a do pássaro morto.
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