

Na taberna do porto, em círculosjuntam-se os velhos marinheiros,
cachimbo na boca e copo de rum,
entre uma conversa meia calada
e um olhar nostálgico, procuram
no horizonte as sombras de um navio
que nunca há-de vir aquele porto.
Em segredo, continuam também à espera
que venha nas ondas revoltas da idade
uma garrafa de rum com uma mensagem
de uma das mulheres que fingiram amar,
num porto distante antes de partirem.
Mas a garrafa esperada nunca chega,
afinal não foram os únicos a fingir amar...
Mas que lhes importa? Enquanto houver
garrafas de rum cheias para espiar o mar...
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