A chuva humilhante escorre,
lembrando-nos a felicidade,
de corrermos à solta, fugindo
por entre os pingos de cristal.
No chão molhado e espelhado
pintamos aguarelas de cor e luz,
nas sombras cinzentas da noite
perdidas nas insólitas calçadas.
Aqui aprendemos a humildade
dos pequenos gestos naturais:
quando para não escorregares
me dás a tua pequena mão fria
e eu compreendo, filho das águas,
qual é realmente o meu lugar,
Nesse momento a metafísica
torna-se um jogo inocente de crianças.
Sem comentários:
Enviar um comentário