
Esquece todas as palavras que um dia te disse,
eram somente desenhos infantis e coloridos
eram pó das estrelas, fragmentos de brisa
com cheiro a ondas e brilho de lua cheia,
eram palavras talhadas a fogo, lembrando
tudo o que permanece numa gruta visceral,
vindo à luz do dia em páginas de cal branca
preenchidas com tinta preta e dedos ansiosos.
As palavras que agora de mim ouvirás, perderão
todo o poder encantatório, toda a transgressão,
serão meras palavras, pouco para ti decerto...
mas serão as únicas que saberei dizer ao sol...
Assim, se numa noite de Verão o meu olhar
se acender e as palavras ressuscitarem,
poucos o verão... e tu desviarás o olhar
fingindo não ver o que não quero dizer.
P.S- Este poema é um post-scriptum
para perceberes tudo, sem perguntares nada.
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